cultura organizacional

Cultura organizacional: do escritório ao canteiro de obras 


Sua empresa tem valores escritos na parede do escritório? Ótimo. Agora me responde: o pedreiro que está colocando a mão na massa conhece esses valores? Pois é. Quando o assunto é cultura organizacional, é comum pensarmos naquele discurso de “somos uma grande família” que todo gestor adora fazer. Mas e o canteiro de obras? Onde entra o pedreiro, o servente e o mestre de obras nessa história?

A resposta deveria ser simples: em todos os lugares. Mas, na prática, ainda existe um abismo gigante entre o que a empresa prega na parede da sala de reuniões e o que acontece de verdade no canteiro.

E uma cultura organizacional que não chega ao canteiro não é cultura, é discurso vazio. Afinal, se os valores, comportamentos e práticas da empresa não estão presentes onde a obra acontece, de fato, é porque eles simplesmente não existem.

Fique neste texto para entender como uma cultura organizacional que chega até o canteiro de obras pode transformar equipes, reduzir acidentes, melhorar resultados e, de quebra, fortalecer a reputação da construtora no mercado.

O que é cultura organizacional (e por que ela não mora só no escritório)?

Cultura organizacional nada mais é que o conjunto de valores, crenças, “regras” e comportamentos que definem como uma empresa funciona. Para ficar mais claro: é o “jeito de ser” da organização, aquilo que as pessoas fazem (ou devem fazer) quando ninguém está fiscalizando.

No canteiro de obras, essa cultura aparece nos detalhes:

  • O mestre que para a equipe cinco minutos para explicar o porquê de um procedimento de segurança;
  • O pedreiro que limpa o entorno da sua área de trabalho sem ninguém pedir;
  • O engenheiro que escuta a sugestão do servente sobre como melhorar um processo;
  • A equipe que não “pula” etapas de segurança mesmo quando o prazo aperta.

Pode parecer pouco, mas empresas que conseguem fazer seus valores chegarem ao canteiro veem menos retrabalho, menos acidentes, equipes mais engajadas e obras entregues no prazo

Por que é tão difícil levar cultura organizacional para o canteiro de obras?

Em suma, porque a construção civil tem particularidades que tornam a gestão no canteiro de obras um desafio único. Os principais obstáculos são:

  • Alta rotatividade: de acordo com um levantamento realizado pela consultoria Tendências, o setor da construção civil é o que apresenta a maior rotatividade de mão de obra no Brasil. Afinal, muitos trabalhadores trocam de obra (e de empresa) a cada projeto finalizado. Alguns, até mesmo antes da obra ser concluída. Como criar senso de pertencimento em quem não sabe se vai estar lá no mês que vem?
  • Baixa qualificação inicial: outro desafio a se considerar é que grande parte da mão de obra chega ao canteiro sem preparo técnico adequado. Para muitos, é o primeiro emprego formal. Falta base e conhecimento para entender conceitos mais amplos de cultura organizacional.
  • Cultura antiga do setor: Durante décadas, o importante era “tocar a obra” e pronto. Sem muita explicação. Desenvolvimento humano, clima organizacional, governança corporativa? Isso ficava no RH.
  • Distância física e hierárquica: O escritório administrativo, onde as decisões são tomadas, costuma ficar longe do canteiro – literal e figurativamente. Quem decide e ordena trabalha em salas com ar-condicionado, mas quem executa está debaixo de sol, chuva e pressão de prazo.

Como construir uma cultura organizacional sólida no canteiro de obras

Não existe fórmula mágica, mas existem algumas práticas que funcionam. Vamos a elas:

Liderança que vive o que prega

Tudo começa pelo exemplo. Se o engenheiro responsável não usa capacete, por que o resto da equipe usaria? Líderes que querem cultura organizacional forte no canteiro de obras precisam incorporar os valores no dia a dia.

Discurso bonito na reunião de segurança não adianta se a prática é outra quando a obra atrasa.

Papéis claros desde o primeiro dia

Esse é um ponto que muita gente negligencia, a tal definição de responsabilidades. Cada trabalhador precisa entender exatamente qual é sua função, o que se espera dele e, obviamente, como o seu trabalho vai impactar no resultado final. Resumindo: é sobre eliminar aquela sensação de “eu só faço o que mandam” e criar consciência de que cada peça importa.

Treinamento que vai além do operacional

Capacitar não é só ensinar a levantar parede ou instalar tubulação. É também explicar porque aquele procedimento existe, qual o impacto do seu trabalho no coletivo, quais são os valores que a empresa defende, entre outras.

A verdade é que empresas que investem nisso criam ambientes onde as pessoas querem melhorar, não apenas cumprir ordens.

Comunicação que vai nos dois sentidos

No canteiro de obras, funciona assim: as ordens vêm de cima, o pessoal executa e pronto. Mas cultura organizacional não se constrói desse jeito. Criar canais onde a equipe possa dar opinião, fazer perguntas e entender as decisões não só aproxima as pessoas, como também melhora o clima organizacional.

Reconhecimento que motiva de verdade

Primeiramente, salário justo não é reconhecimento, é obrigação. Segundo, existem outras maneiras de valorizar quem trabalha bem.

Exemplo: promover quem se destaca ou elogiar publicamente quem fez um bom trabalho. Quando o trabalhador vê que tem futuro ali, ele veste a camisa de verdade.

Segurança como valor inegociável

Por fim, o mais importante: segurança não pode ser flexibilizada de maneira nenhuma. E uma cultura organizacional sólida coloca a integridade das pessoas acima de qualquer prazo ou economia.

Isso significa: treinar constantemente a equipe, fiscalizar de verdade, parar a obra se necessário e criar um ambiente onde o trabalhador se sente confortável para apontar riscos sem medo de retaliação.

Construtoras que levam a segurança, realmente, a sério têm menos acidentes, menos afastamentos e, consequentemente, menos prejuízo financeiro.

Isso sem contar a melhora na reputação da empresa – tanto para contratar bons profissionais quanto para conquistar clientes.

Canteiro multicultural: diversidade que precisa ser gerida

Muita gente se esquece (ou não dá o verdadeiro valor), mas canteiros de obras são ambientes extremamente multiculturais. Neles, trabalham profissionais de diferentes formações, idades, regiões do país, etnias e até nacionalidades – o que torna a gestão no canteiro de obras ainda mais desafiadora.

O que funciona para motivar um mestre de obras experiente, por exemplo, não funciona necessariamente para um ajudante de 19 anos no primeiro emprego. A gestão precisa ser inclusiva e adaptável. E as construtoras que entendem essas diferenças conseguem extrair o melhor de cada um. 

Governança corporativa: quando as regras chegam ao canteiro

Toda construtora que busca excelência precisa ter processos claros, decisões transparentes e responsabilidades bem definidas. E isso precisa se refletir em todos os níveis.

No canteiro de obras, a governança corporativa se traduz em:

  • Critérios claros para contratação e demissão;
  • Processos de compra de materiais transparentes; 
  • Avaliação de desempenho justa e periódica;
  • Canais de denúncia que funcionam de verdade.

Ou seja, empresas com boa governança conseguem ter uma cultura organizacional forte porque não dependem da “boa vontade” de um ou outro gestor. Afinal, essas práticas já estão institucionalizadas.

Construtora Manara: onde cultura organizacional e excelência caminham juntas

Com mais de 2 milhões de m² entregues, a Manara construiu sua reputação não apenas com projetos de qualidade, mas também com uma forma de trabalhar que coloca pessoas no centro da estratégia. Pessoas comprometidas, engajadas e alinhadas com os valores da empresa – seja no escritório administrativo ou no canteiro de obras.

Para a Manara, cultura organizacional é algo que vai além do discurso e que se reflete diariamente em: segurança rigorosa, comunicação clara, processos transparentes e respeito genuíno pelos profissionais que fazem as obras acontecerem.

Cultura forte constrói resultados duradouros

A verdade é que nenhuma obra vai pra frente sem pessoas engajadas e comprometidas. São elas que fazem o projeto em si acontecer. E elas só entregam o seu melhor quando trabalham em ambientes que as respeitam, desenvolvem e valorizam. Não é filantropia, é estratégia.

E as construtoras que entenderem que cultura organizacional precisa estar presente do escritório ao canteiro colherão resultados reais. Porque, no fim, não dá para construir estruturas duradouras com bases frágeis.

Quer saber mais sobre como a Manara trabalha gestão de pessoas e cultura organizacional em seus projetos? Fale com a nossa equipe.

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