Fundações na construção industrial

Fundações na construção industrial: a base que garante segurança e eficiência nas obras

Quando o assunto é construção industrial, pouco se fala da importância das fundações. Mas a verdade é que esta etapa exerce um papel determinante no sucesso (ou fracasso) de qualquer obra. Afinal, elas são, literalmente, a base de tudo.

A explicação é simples: diferentemente de uma construção residencial ou comercial, onde as cargas são distribuídas de forma mais uniforme sobre o solo, uma obra industrial precisa suportar máquinas pesadas, equipamentos de grande porte, movimentação constante de cargas e, na maioria das vezes, processos que geram vibrações contínuas. E é aí que entram as fundações.

São elas que garantem, por exemplo, estabilidade e durabilidade estrutural ao longo do tempo. Um erro nesta etapa, por menor que seja, pode não apenas comprometer a segurança da estrutura, como inviabilizar o projeto.

Vamos explorar  seguir os principais tipos de fundações utilizados na engenharia industrial, os critérios que definem a escolha de cada uma e como empresas especializadas, como a Construtora Manara, têm aplicado novas tecnologias em projetos de grande porte.

Por que as fundações são tão críticas na construção industrial?

Em resumo, as fundações são tão críticas na construção industrial por conta da concentração de carga e da exigência estrutural. De uma maneira geral, um edifício comercial comum pode ter cargas distribuídas entre lajes e pilares de forma relativamente uniforme. Já uma planta industrial não. Ela concentra o peso em pontos específicos, como bases de máquinas, tanques, silos e pontes rolantes.

Além disso, muitas obras industriais lidam também com:

  • Vibrações constantes de máquinas e equipamentos
  • Cargas dinâmicas (movimentação de materiais, empilhadeiras, pontes rolantes)
  • Expansões térmicas de estruturas metálicas
  • Condições de solo variáveis (especialmente em áreas industriais próximas a rios ou terrenos de aterro)

Tudo isso exige que as fundações sejam calculadas com precisão milimétrica e executadas com rigor técnico absoluto.

Quer um exemplo prático? Imagine um tanque de 200 toneladas de produto químico. Se a fundação embaixo dele afundar 2 cm, o tanque inclina, as tubulações conectadas sofrem tensão e podem se romper. Ou seja, além do risco de vazamento, a operação para completamente até o reparo, o que gera um prejuízo milionário.

Principais tipos de fundações em construção industrial

Existem, basicamente, dois tipos de fundações: as diretas (rasas) e as profundas. E a escolha de qual usar vai depender muito das características do solo, magnitude das cargas, profundidade do lençol freático, presença de camadas resistentes e, claro, viabilidade econômica.

Fundações diretas (rasas)

As fundações diretas, também chamadas de rasas ou superficiais, são utilizadas em solos próximos à superfície (1,5m de profundidade, geralmente). Elas podem ser em:

  • Blocos: blocos de concreto que se estendem por toda a largura da parede;
  • Sapatas: aqueles blocos de concreto que funcionam como “sapatos” embaixo de cada pilar;
  • Radier: uma laje enorme que cobre toda a área da edificação, distribuindo o peso uniformemente.

São mais baratas e rápidas de executar, mas só funcionam mesmo quando o solo superficial tem boa capacidade de carga.

Fundações profundas

Já as fundações profundas, como o próprio nome diz, são utilizadas quando o solo firme está em camadas mais profundas. Entre elas, estão: 

  • Estacas escavadas: cava o solo com revestimento metálico, coloca armação e preenche com concreto (execução mais lenta, mas sem vibrações);
  • Estacas metálicas: perfis de aço cravados no solo por percussão (rápidas, mas barulhentas e sujeitas à corrosão);
  • Tubulões: poços de grande diâmetro onde é possível inspecionar o solo antes de concretar (para cargas extremamente pesadas);
  • Estacas hélice contínua: penetra o solo como um “parafuso gigante” e injeta concreto enquanto é retirado, formando uma coluna sólida.

Essa última – a estaca hélice contínua – domina o mercado porque é rápida, silenciosa, não vibra muito e permite monitoramento computadorizado em tempo real. Ou seja, você acompanha profundidade, pressão e quantidade de concreto durante toda a execução.

Como escolher a fundação ideal para cada projeto industrial?

A definição do tipo de fundação não é uma escolha aleatória. Ela é resultado de um estudo técnico detalhado que considera diversos fatores:

Investigação geotécnica

Sem uma análise adequada do solo, qualquer projeto corre risco. Por isso, sondagens SPT (Standard Penetration Test), ensaios de laboratório e sondagens rotativas são fundamentais para entender não apenas o tipo de solo, mas também a resistência das camadas, o nível do lençol freático e os recalques esperados.

Magnitude e distribuição das cargas

Cada equipamento, tanque, silo ou ponte rolante gera cargas específicas. Logo, o projeto estrutural precisa mapear essas cargas com precisão para dimensionar as fundações corretamente.

Condições do entorno

Obras próximas a redes de água, esgoto e energia ou em áreas urbanas exigem fundações que minimizem vibrações e deslocamentos laterais do solo.

Prazo e custo

A viabilidade econômica também influencia na escolha do tipo de fundação. Exemplo: fundações profundas custam mais, mas podem ser a única opção segura para não atrasar a entrega da obra.

Sustentabilidade e impacto ambiental

Cada vez mais, projetos de engenharia industrial estão considerando o impacto ambiental na escolha das fundações. Desse modo, técnicas que minimizam resíduos e evitam a contaminação do lençol freático, como o uso de estacas hélice contínua e o reaproveitamento da lama bentonítica em estacas escavadas, estão sendo priorizadas.

Engenharia moderna: inovação e tecnologia nas fundações industriais

A evolução tecnológica também chegou à construção industrial e pode ser vista, por exemplo, nas fundações. Processos que antes dependiam apenas da experiência prática agora contam com apoio de modelagem digital, sensores e automação de dados. Vamos aos exemplos: 

Modelagem BIM (Building Information Modeling)

O Building Information Modeling é um conjunto de tecnologias que possibilita que várias áreas de atuação possam, de maneira colaborativa, projetar, construir e operar uma edificação ou instalação.

Na prática, o uso de BIM em projetos industriais permite integrar fundações com a estrutura, arquitetura e instalações em um único ambiente digital. Isso ajuda a reduzir interferências, antecipar problemas e otimizar o planejamento da obra.

Monitoramento em Tempo Real

Equipamentos modernos de execução de estacas, como a hélice contínua, permitem monitoramento de profundidade em tempo real, além de velocidade de penetração, pressão de injeção de concreto, inclinação e torque. 

Essas informações ficam disponíveis tanto para o operador quanto para a equipe de engenharia que monitora remotamente todos os dados de operação, proporcionando correção instantânea de qualquer desvio de qualidade durante a execução.

Análise Estrutural Avançada

Softwares de análise por Método dos Elementos Finitos, como NASTRAN, ANSYS e SAP2000, utilizam modelagem matemática avançada para simular o comportamento das fundações sob diferentes cenários de carga.

Com eles, é possível realizar análises considerando recalques, cargas dinâmicas e até efeitos sísmicos, o que aumenta a confiabilidade do projeto.

Raizen, Piracicaba- SP

Manara: excelência em fundações para construção industrial

Com 25 anos de história, a Construtora Manara é referência em obras de médio e grande porte, estando entre as 100 maiores construtoras do Brasil. São mais de 2 milhões de m² entregues em diversos segmentos, incluindo construção industrial, além de soluções inovadoras que aliam eficiência, durabilidade e sustentabilidade.

Seja uma nova planta industrial ou projetos de expansão, a Manara entrega obras que priorizam: funcionalidade, segurança e desempenho, garantindo estruturas duradouras e eficientes.

Se você quer garantir fundações sólidas e seguras para o seu projeto, fale com a nossa equipe.

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